O Lafita é um laboratório formado a partir da aposta em unir pesquisa e tradução filosófica. Sua criação foi resultado de um projeto de tradução, realizado em parceria com o laboratório Encruzilhadas Filosóficas, e apoiado pelo CNPq ainda em 2014. Desde então, há um trabalho de tradução que permeia as pesquisas filosóficas aqui realizadas. Somos um grupo de pesquisadores/as dedicados à tarefa de tradução, aqui entendida como uma atividade intrínseca ao estudo e à pesquisa filosófica.
Destaca-se, nesse sentido, a recente formação de um coletivo de tradutores/as integrado por Ana Luiza Gussen, Beatriz Zampieri, Gabriel Lisboa Ponciano, Luís Felipe Teixeira, Nathan Teixeira, Petra Bastone e Victor Galdino com dois títulos traduzidos e um em processo de tradução:
Os sentidos do sujeito, de Judith Butler, editora Autêntica, 2021.
Desfazendo gênero, de Judith Butler, Editora Unesp, 2022.
Que mundo é esse? Uma fenomenologia pandêmica, de Judith Butler, Editora Autêntica, 2022.
São pesquisadores/as voltados para traduzir Judith Butler, mas não apenas, e trabalham dentro da proposta do Lafita, integrado por docentes dedicados à tradução.
Carla Rodrigues é responsável pela coordenação de três traduções de livros de Judith Butler realizadas no âmbito do trabalho coletivo. Antes, com Rafael Haddock-Lobo traduziu “Esporas - os estilos de Nietzsche” (NAU Editora), de Jacques Derrida, com Flavia Trocoli traduziu “Demorar. Maurice Blanchot” (Editora da UFSC) e mais recentemente traduziu “Eu sou o monstro que vos fala”, de Paul B. Preciado (Zahar, 2022).
Claudio Oliveira (UFF) é coordenador da coleção Filô Agamben, na editora Autêntica, e tradutor de grande parte de sua obra no Brasil, incluindo “Experimentum linguae”, cuja primeira edição se deu em português.
No âmbito de sua tese, a pesquisadora Isabela Pinho traduziu A metafísica da juventude, de Walter Benjamin, e A política e a psicanálise: do não-todo ao para todos, de Jelica Sumic (editora Lume).
Guilherme Cadaval, Arthur Leão Roder e Rafael Haddock-Lobo traduziram Otobiografias: o ensinamento de Nietzsche e a política do nome próprio, de Jacques Derrida, publicado pela Zazie Edições.
Juliana de Moraes Monteiro e Carla Rodrigues traduziram O que fazer com as estátuas e os monumentos coloniais?, de Achille Mbembe, publicado na Revista Rosa.
Integrantes do Lafita também participam do projeto Dicionário dos Intraduzíveis (Editora Autêntica), editado na França pela filósofa Bárbara Cassin e coordenado no Brasil por Fernando Santoro (UFRJ) e Luiza Buarque (PUC-Rio). O projeto é publicado no Brasil pela Autêntica em volumes temáticos. Carla Rodrigues é coordenadora do conjunto de verbetes sobre Ética e política, a ser lançado em breve.
Antecedentes:
Rafael Haddock-Lobo e Carla Rodrigues se iniciaram na tradução ainda como discentes de pós-graduação na PUC-Rio. Em 2014, aprovaram no CNPq um projeto com o qual foi possível promover traduções de artigos do filósofo Jacques Derrida, escolhidos por tradutores e tradutoras que então estavam estudando os respectivos textos. No âmbito desta chamada universal do CNPq, foram publicados, entre outros:
Nietzsche e a Máquina, de Jacques Derrida
Tradução: Rafael Haddock-Lobo e Guilherme Cadaval - Revista Trágica (2016)
“É preciso comer bem” ou o cálculo do sujeito, de Jacques Derrida
Tradução: Denise Dardeau e Carla Rodrigues - Revista Latinoamericana
Coreografias”: entrevista de Christie V. McDonald com Jacques Derrida
Tradução: Carla Rodrigues e Tatiana Grenha - Revista Estudos Feministas (2019)
Excerto de Introdução à “Origem da geometria” de Husserl
Tradução de Carla Rodrigues