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Curso: Ética e filosofia política no tempo do agora

Atualizado: 9 de jul. de 2020

Numa iniciativa coletiva de professores/as recém-doutores, o laboratório Filosofias do tempo do agora, formado por pesquisadores/as vinculados/as a universidades no Rio de Janeiro, está oferecendo um curso de ética e filosofia política cuja renda será destinada a apoiar o projeto Maré de Sabores e remunerar os/as professores/as sem vínculo empregatício e sem vínculo como bolsistas de agências de fomento. As aulas serão ministradas por professores/as doutores/as, que, em virtude do desmantelamento e da falta de investimento no ensino público, ainda não tiveram oportunidade de se estabelecer profissionalmente: são pessoas recém-saídas do doutorado que, em virtude da pandemia de coronavírus, com as universidades fechadas e sem possibilidade de realização de concurso e seleções, encontram dificuldades de inserção no mercado de trabalho, apesar da alta qualidade de suas formações em suas áreas de especialidade. O curso também se propõe a demonstrar como a universidade pública, na área de Humanidades, tem produzido recursos humanos capazes de nos fazer refletir sobre o que chamamos, inspirados/as em Walter Benjamin, de "tempo do agora".


O curso conta com paridade de gênero entre os/as docentes e oferece 300 vagas. As aulas serão transmitidas pela plataforma Zoom às terças e quintas, de 19h às 21h30, a partir de 4 de junho, e cada aula abordará o pensamento de um/a filósofo/a para debater questões éticas e políticas que ajudem a refletir sobre o momento contemporâneo.


Metade dos recursos angariados será destinado para o projeto Maré de Sabores, onde mulheres da favela da Maré cozinham todos os dias 300 refeições para a população local desassistida. O projeto se torna ainda mais importante diante da conjuntura atual de precarização e de abandono em meio a uma crise que, se não é exclusivamente nossa, tem seus efeitos ainda mais acirrados em um país com desigualdades sociais extremas. Sabemos que o Estado, quando entra na Maré, entra armado e atirando, sendo incapaz de fornecer proteção ou assistência para uma ampla população de trabalhadores e trabalhadoras - bem como de seus filhos e netos - que mantém a cidade funcionando,a despeito de todo o descaso por parte dos governos e do poder estatal. Agradecemos a ONG Redes da Maré, responsável pelo projeto Maré de Sabores, pelo seu trabalho e por essa parceria conosco.


Um percentual dos recursos destinados a remunerar os professores/as será doado ao Fundo de Solidariedade e Apoio Mútuo do Centro Acadêmico dos alunos de Filosofia da UFRJ (https://www.facebook.com/cafil.ufrj).


A proposta é inspirada na iniciativa da professora Rita de Cássia Oliveira (UFMA), organizadora de um curso abordando pensadoras feministas para arrecadar recursos para a AMINSA (Associação de mulheres do Alto Solimões), em solidariedade aos indígenas da etnia Madijá Culina. A bem sucedida experiência articulou um curso intitulado “As pensadoras” reunindo professoras de diversas instituições brasileiras.


Título do curso: Ética e filosofia política no tempo do agora

Horário: terças e quintas, 19h/21h30, horário Brasília

Plataforma: zoom (gratuita para o/a aluno/a)

Valor: R$ 100,00

Vagas: 300

Inscrições abertas até 1/6.

Link para inscrição: bit.ly/tempodoagora


Coordenação acadêmica: Juliana de Moraes Monteiro (UFRJ/Faperj)

Coordenação executiva: Beatriz Zampieri (UFRJ)


Calendário


4/06 - “Michel Foucault e Achille Mbembe: Direito de vida e de morte, da política como biopolítica à Necropolítica”, profa. dra. Viviane Bagiotto Botton (UERJ). Mediação Juliana de Moraes Monteiro.


9/6 - Conferência: "Luto, precariedade e interdependência em Judith Butler". profa. dra. Carla Rodrigues (UFRJ/Faperj). Mediação Tássia Áquila e Ana Luiza Gussen.


11/6 - Conferência: "Um mundo coberto de alvos". Paulo Arantes (USP). Mediação Carla Rodrigues, Juliana de Moraes Monteiro e Gabriel Ponciano.


16/6 - "Para uma crítica da violência: Walter Benjamin e o tempo do agora", profa. dra. Isabela Pinho (UFRJ) . Mediação Beatriz Zampieri.


18/6 - "Estado de exceção como paradigma de governo em Giorgio Agamben", prof. dr. Pedro Oliveira (UFRJ). Mediação Beatriz Zampieri


23/6 - "Zizek: Do Occupy ao coronavírus" - prof. dr. Gabriel Lisboa (UFRJ). Mediação Luís Felipe Pinheiro Noronha Teixeira.

25/6- “A formação da subjetividade e suas consequências éticas e políticas em Simone de Beauvoir" - prof. Dr. Nathan Menezes (UFRJ). Mediação Ana Luiza Gussen.


30/6 - "Jacques Rancière e a linguagem do dissenso", prof. dr. Victor Galdino (UFRJ). Mediação Caio Figueiredo.

2/7 - “Silvia Federici: mulheres, trabalho doméstico, capitalismo – quantas formas de queimar?”. profa. dra. Danielle Magalhães (UFRJ). Mediação Ana Emília Lobato.


7/7 - “Derrida e a Universidade: estar no mundo que tentamos pensar”. prof. dr. Guilherme Cadaval (UFRJ). Mediação Ana Emilia Lobato


9/7 - Aula de encerramento: “Lélia Gonzalez , leitora de Freud e Lacan: a psicanálise como uma ética antirracista”, profa. dra. Juliana de Moraes Monteiro (UFRJ/Faperj). Mediação Rafael Cavalheiro.


Programa


Quinta-feira, 04 de junho

Michel Foucault e Achille Mbembe: Direito de vida e de morte, da política como biopolítica à Necropolítica

Nossa aula tem por objetivo trabalhar o desenvolvimento do conceito de biopolítica elaborado por Michel Foucault e que aparece no último capítulo de seu livro “História da Sexualidade I, A Vontade de Saber”. A ênfase da abordagem são as circunstâncias textuais e contextuais que levam a tal elaboração, em especial no que diz respeito aos dispositivos de vigilância e controle dos corpos e que culminam numa política da vida. Tomando como ponto de partida os estudos genealógicos de Foucault sobre o panoptismo enquanto paradigmático de um novo modo de soberania política, que se caracteriza como pastoral, o conceito de biopolítica aparece como ferramenta de inteligibilidade possível para pensarmos as políticas de vida e de morte no nosso tempo do agora e nos leva à reformulação desta categoria por Achille Mbembe com a proposta de leitura da política como Necropolítica. O referido capítulo do livro de Foucault e o texto das conferências do livro "Necropolítica" de Mbembe são a bibliografia essencial para esta aula. Outras referências de apoio mais recentes também serão utilizadas e estão indicadas na bibliografia do curso.

Viviane Bagiotto Botton é graduada e mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e é doutora em Filosofia pela Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), onde trabalho as relações entre corpo e subjetividade na obra de Michel Foucault. Ela já foi professora e pesquisadora em diferentes universidades e escolas nacionais e internacionais e atualmente realiza pesquisa de pós-doutorado na área da filosofia e da história da saúde na UERJ, onde desenvolve um trabalho sobre a Histeria enquanto diagnóstico psiquiátrico "feminino" e sua operacionalidade no Brasil no contexto de uma psiquiatria nacional surgida concomitantemente com a República.


Terça-feira, 9 de junho: Luto, precariedade e interdependência em Judith Butler, conferência Carla Rodrigues

A distribuição desigual do luto público é demanda ética da universalização do direito ao luto como mecanismo político de afirmar o valor de toda vida, porque toda vida está exposta à morte. Privilegiaremos elementos na filosofia de Butler que possam nos colocar em debate com dilemas presentes no cenário atual em que a pandemia da COVID-19 expõe uma vulnerabilidade global e, ao mesmo tempo, desvela outros processos mais vulneráveis de vidas mais marcadas precariamente.

Carla Rodrigues é professora de ética no Departamento de Filosofia da UFRJ, pesquisadora do programa de pós-graduação em filosofia da UFRJ e bolsista de produtividade da Faperj. É coordenadora do laboratório Filosofias do tempo do agora.



Quinta-feira, 11 de junho: Um mundo coberto de alvos, conferência Paulo Arantes (USP)


Doutor em Filosofia pela Université de Paris X, Nanterre (1973). Foi editor da revista Discurso (1976-1991). É professor aposentado Senior do Departamento de Filosofia da FFLCH da USP. Desde 1980 PQ1A do CNPq. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em História da Filosofia e Filosofia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: Filosofia clássica alemã, Filosofia francesa contemporânea, Filosofia no Brasil, Cultura e Sociedade brasileira, Teoria Crítica do mundo contemporâneo.


Terça-feira, 16/06

Para uma crítica da violência: Walter Benjamin e o tempo do agora


Nossa aula partirá do ensaio “Para uma crítica da violência” (1921) de Walter Benjamin

para refletir sobre os limites do Estado na tarefa de conter/monopolizar sua violência

constitutiva. Como o texto de Benjamin pode nos ajudar a refletir sobre a democracia

brasileira contemporânea? Essa é a questão norteadora de nossa aula-debate.


Isabela Pinho é graduada e mestre em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense

(UFF) e doutora em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Foi

pesquisadora visitante na Universidade de Munique (LMU) e nos Arquivos Walter

Benjamin em Berlim. Autora de Tagarelar (schwätzen): itinerários entre linguagem e feminino (Relicário/PUC-Rio, prelo) e coorganizadora de AGAMBiarra: escritos sobre a filosofia de

Giorgio Agamben (Ape’ku, 2020). Oferece cursos de extensão de Filosofia e Literatura

na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).



Quinta-feira, 18 de junho

Estado de exceção como paradigma de governo em Giorgio Agamben


Nossa aula tem por objeto o conceito de estado de exceção a partir do capítulo “O estado de exceção como paradigma de governo” (Estado de exceção, 2003), do filósofo italiano Giorgio Agamben. Nosso principal objetivo será refletir sobre como a exceção se torna a regra nos Estados democráticos de direito e, assim, tornar inteligível nosso momento atual.


Pedro Oliveira é graduado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF). É mestre em Filosofia pela UFF e doutor em Filosofia pela UFRJ. É autor de Mais além da lei: direito e messianismo em Giorgio Agamben (Ed. Apek’u, 2020, prelo) e advogado.


Terça-feira, 23 de junho

Do Occupy ao coronavírus


A aula partirá de uma apresentação comparativa das análises feitas por Slavoj Žižek da crise financeira e dos movimentos populares contestatórios do começo da década, e dos efeitos sociopolíticos do coronavírus. Tal apresentação nos servirá de base para pensarmos, a partir da obra do filósofo esloveno, a crise que assola nosso mundo e as possibilidades que dela podem surgir.


Gabriel Ponciano é bacharel, mestre e doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.


Quinta-feira, 25 de junho

A formação da subjetividade e suas consequências éticas e políticas em Simone de Beauvoir


O curso pretende apresentar a concepção de Simone de Beauvoir sobre a constituição do sujeito e as implicações éticas e políticas que daí decorrem, dando destaque às características da ambiguidade, da interdependência e ao vínculo de enraizamento que a subjetividade possui com seu contexto social. A partir destas considerações proponho discutir como o horizonte teórico oferecido por Beauvoir pode ser mobilizado para pensarmos a atualidade.


Nathan Menezes Amarante Teixeira é graduado e mestre em Filosofia pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutor em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


Terça-feira, 30 de junho

Jacques Rancière e a linguagem do dissenso.


“A essência da política é a manifestação do dissenso, como presença de dois mundos em um” (Dez teses sobre política). A partir dessa formulação, pretendo apresentar três conceitos de J. Rancière — dissenso, política e partilha do sensível — e seus modos de apropriação e uso, assim como sua pertinência para o presente. Para isso, serão feitas algumas elaborações sobre o que chamo de “linguagem do dissenso” enquanto forma possível de uso filosófico da linguagem, e também sobre seus efeitos pretendidos e o modo de seu funcionamento, usando como exemplo o próprio texto de Rancière. Em geral, a ideia é mostrar um tipo de discurso filosófico que opera como jogo imagético e visa afetar o modo como as coisas aparecem para nós em dado momento, de maneira que não podemos compreendê-lo a partir de sua aparência descritiva e dos compromissos com o “verdadeiro” que outros discursos filosóficos normalmente carregam. Dessa forma, podemos pensar os usos do que seria uma “filosofia de Rancière” para fins de intervenção teórica.


Victor Galdino é bacharel, mestre e doutor em Filosofia pela UFRJ, formado em psicanálise pelo Corpo Freudiano - Escola de Psicanálise, e trabalha com Filosofia do Imaginário, Metafilosofia, Filosofia Política e Filosofia da Cultura. Seus textos mais recentes são “Por uma ontologia crítica do imaginário” (Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea), “Aquilombamento Imaginal / Realismo Esclarecido” (a ser publicado em livro sobre filosofia brasileira pela Editora Filosófica Politeia) e “Três faíscas para uma imaginação política mais forte” (a ser publicado na coletânea “À imaginação revolucionária” da GLAC edições). Escreveu uma trilogia sobre quarentena e normalidade com Claudio Medeiros (publicada no Outras Palavras) e também escreve textos em seu blog pessoal na plataforma Medium.


Quinta-feira, 2 de julho

Silvia Federici: Mulheres, trabalho doméstico, capitalismo – quantas formas de queimar?

A primeira vítima de covid-19 no Rio de Janeiro foi uma empregada doméstica que contraiu o vírus de sua patroa – moradora do Leblon, bairro abastado da zona sul carioca –, que acabara de voltar da Itália. O trabalho da filósofa italiana radicada nos Estados Unidos, Silvia Federici, autora, entre outros, de Calibã e a bruxa, se mostra como uma importante referência para pensarmos a situação do trabalho doméstico nos dias de hoje e em como o capitalismo se desenvolveu às custas do trabalho doméstico feminino não remunerado. Partindo de Marx e, ao mesmo tempo, apontando os limites do marxismo, a filósofa vai a momentos históricos, como a Inquisição e ao recente movimento argentino "NiUnaMenos", nos fazendo refletir sobre os arraigados pilares de misoginia que estruturam o nosso mundo até hoje e ainda fazem as mulheres queimar. Federici nos mostra que a base do capitalismo também são as cinzas de milhões de mulheres

Danielle Magalhães é doutora em Teoria Literária pela UFRJ e formada em História pela UFF. Pesquisa a poesia brasileira contemporânea escrita por mulheres em interface com a filosofia e a política. Em fevereiro de 2020, defendeu a tese intitulada “Ir ao que queima: no verso, o amor, no verso, o horror – Ensaios sobre o verso e sobre alguma poesia brasileira contemporânea”. É autora do livro de poemas Quando o céu cair, publicado pela Editora 7Letras em 2018.


Terça-feira, 7 de julho

Derrida e a Universidade: estar no mundo que tentamos pensar


A aula visa apresentar o pensamento do filósofo franco-argelino Jacques Derrida em torno da Universidade a partir de uma conferência proferida por ele na Universidade de Stanford, intitulada “A universidade sem condição”. Para tanto, pretendemos apresentar brevemente o termo desconstrução, pelo qual ficou conhecido o pensamento derridiano, a fim de pensar a Universidade como lugar de resistência crítica, porém ao mesmo tempo mais do que crítica, uma vez que, mantendo um compromisso incondicional com a verdade, podendo dizer tudo, a Universidade tem a possibilidade e a tarefa de questionar o seu próprio lugar, o seu próprio fundamento.


Formado em Filosofia pelo IFCS-UFRJ, possui mestrado e doutorado pela mesma instituição. Tem interesse nos estudos de Filosofia Francesa Contemporânea, especialmente as obras de Jacques Derrida, Georges Bataille e Maurice Blanchot. Tem um livro publicado, “Escrever a mágoa: um cruzamento entre Nietzsche e Derrida”, e um artigo publicado na coletânea “Rosas e pensamentos outros”.


Quinta-feira, 9 de julho

Lélia Gonzalez, leitora de Freud e Lacan: a psicanálise como uma ética antirracista


A aula discute como a filósofa brasileira Lélia Gonzalez mobiliza conceitos da psicanálise para reler questões raciais e sexistas no contexto brasileiro. Através de uma perspectiva decolonial, investigaremos a complexidade de expressões criadas e empregadas pela autora tais como “racismo por denegação”; “mãe-preta como sujeito suposto saber”; “amefricanidade” ; “pretuguês” e o “negro como S1 da cultura brasileira”,apontando como elas são alicerçadas pelos conceitos de Freud e Lacan. O arcabouço teórico da psicanálise permite que Lélia vire do avesso os pilares fundadores da sociedade brasileira: a miscigenação como uma relação cordial entre brancos e negros, a ideologia do branqueamento e o mito da democracia racial. A partir disso, proponho pensar a ética da psicanálise como um laço social antirracista.


Juliana de Moraes Monteiro é graduada em Comunicação Social -Cinema pela UFF, tem mestrado em filosofia pela mesma universidade e é doutora em filosofia pela PUC-Rio (2019), onde defendeu a tese “O que a Esfinge ensina a Édipo: os limites da interpretação, o demoníaco e o infamiliar na arte contemporânea”. Atualmente realiza estágio de pós-doutorado no programa de pós-graduação em filosofia da UFRJ, como bolsista nota 10 da Faperj. É co-autora de Trauma/arte contemporânea brasileira (Editora Circuito, 2020, no prelo) e co-organizadora do livro AGAMBiarra: escritos sobre a filosofia de Giorgio Agamben, publicado pela Editora Ape´ku em 2020.

BIBLIOGRAFIA

Aula 4 de junho

Michel Foucault e Achille Mbembe: Direito de vida e de morte, da política como biopolítica à Necropolítica (Proa. Dra. Viviane Bagiotto Botton)

Capítulo V de FOUCAULT, Michel, Historia da sexualidade 1, a vontade de saber, Trad. Maria Thereza da Costa Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerque, Rio de Janeiro, Edições Graal, 1988.Link: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/2940534/mod_resource/content/1/História-da-Sexualidade-1-A-Vontade-de-Saber.pdf


MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política da morte. Tradução de Renata Santini. São Paulo: N-1 Edições, 2018.



Preciado, Aprendendo com o vírus, In: https://n-1edicoes.org/007



Conferência

Luto, precariedade e interdependência em Judith Butler ( Profa. Dra. Carla Rodrigues)

Butler, Judith. O clamor de Antígona. Tradução: CHECINEL, André. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014.

__. Regulações de gênero. Tradução: HOLTEMANN, Cecilia. Cadernos de pagu. N. 42. P. 249-274, 2014.

__. Quadros de guerra – quando a vida é passível de luto? Tradução: LAMARÃO, Sérgio; CUNHA, Arnaldo. Rio de Janeiro: Record, 2015.

__. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Tradução: LIEBER, Andreas. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2019.

RODRIGUES, Carla. A função do luto na filosofia política de Judith Butler, Correia et alli. Deleuze, desconstrução e alteridade. São Paulo: Anpof, 2017.

__. Para além do gênero: anotações sobre a recepção da obra de Butler no Brasil. Em construção da UERJ, Rio de Janeiro, v. 1, n. 5, p. 59-72, 2019.


Conferência

Um mundo coberto de alvos (Prof. Dr. Paulo Arantes)

Aula 16 de junho

Para uma crítica da violência: Walter Benjamin e o tempo do agora (Profa. Dra. Isabela Pinho)


BENJAMIN, Walter. “Para uma crítica da violência”. Escritos sobre mito e linguagem. Trad. Ernani Chaves. São Paulo: Duas cidades, 2011.

Leitura complementar

AGAMBEN, Giorgio. "Polícia soberana". Meios sem fim, notas sobre a política. Trad. Davi Pessoa. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015


HAN, Byung-Chul. “O coranavírus de hoje e o mundo de amanhã”, Instituto Humanitas Unisinos. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/597343-o-coronavirus-de-hoje-e-o-mundo-de-amanha-segundo-o-filosofo-byung-chul-han.


RODRIGUES, Carla. "A polícia como problema filosófico". Revista latinoamericana do colégio internacional de filosofia. Disponível em:http://www.revistalatinoamericana-ciph.org/wp-content/uploads/2020/01/07-Carla-Rodrigues.pdf

Aula 18 de junho

Estado de exceção como paradigma de governo em Giorgio Agamben ( Prof. Dr. Pedro Oliveira)

AGAMBEN, Giorgio. Estado de Exceção: Homo Sacer II,1. Trad. Iraci D. Poleti. São Paulo: Editora Boitempo, 2004.


Bibliografia complementar: AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer I: poder soberano e vida nua. Trad. Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2007.


__________. Reflexões sobre a peste: ensaios em tempos de pandemia. São Paulo: Editora Boitempo, 2020.    PINHO, Isabela. O messias à porta? Estado de exceção na era do coronavírus. Reflexiones Marginales. Disponível em:  https://revista.reflexionesmarginales.com/o-messias-a-porta-estado-de-excecao-na-era-do-coronavirus/. Acesso em: 29/05/2020 . RODRIGUES, Carla. et. al. Agamben sendo Agamben: por que não?. Blog da Boitempo. Disponível em: https://blogdaboitempo.com.br/2020/05/16/agamben-sendo-agamben-por-que-nao/. Acesso em: 29/05/2020.   Aula 23 de junho

Zizek: Do Occupy ao coronavírus (Prof. Dr. Gabriel Lisboa)

ŽIŽEK, Slavoj. O ano em que sonhamos perigosamente. Tradução de Rogério Bettoni. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2012.

__. Pandemia: Covid-19 e a reinvenção do comunismo. Tradução de Artur Renzo. São Paulo: Boitempo, 2020.

__. Vivendo no fim dos tempos. Tradução de Maria Beatriz de Medina. 1ª ed. São Paulo: Boitempo, 2012.


Aula 25 de junho

A formação da subjetividade e suas consequências éticas e políticas em Simone de Beauvoir" (Prof. Dr. Nathan Menezes)

BEAUVOIR, Simone de. Por uma moral da ambiguidade seguido de Pirro e Cinéias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

BEAUVOIR, Simone de. “Idéalisme moral et réalisme politique”. In: BEAVOIR, Simone de. L’existentialisme et la sagesse des nations. Paris: Gallimard, 2008. (A tradução será oferecida pelo professor)


Aula 30 de junho

Jacques Rancière e a linguagem do dissenso (Prof. Dr, Victor Galdino)

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: Estética e Política. São Paulo: Editora 34, 2009.

“A política é imaginação”. Entrevista com Jacques Rancière. Disponível em : http://www.ihu.unisinos.br/170-noticias/noticias-2014/528270-jacques-ranciere-nossos-governos-estao-se-tornando-oligarquicos.

“Em nome do dissenso, filósofo francês redefine termos e conceitos na arte e na política”. Entrevista disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252005000400011

O desentendimento: política e filosofia. Tradução de Ângela Leite Lopes. São Paulo: Editora 34, 2018.

O Espectador Emancipado. Tradução de Ivone C. Bernedetti. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2012.

“Rancière: ‘A política tem sempre uma dimensão estética”. Entrevista disponível: https://revistacult.uol.com.br/home/entrevista-jacques-ranciere/.

Inglês:

Dissensus: On Politics and Aesthetics. Edição e tradução de Steven Corcoran. Continuum, 2010.

“Dissenting Words: A conversation with Jacques Rancière”. Entrevista disponível em: https://sci-hub.tw/https://www.jstor.org/stable/1566474.

Aula 2 de julho

Silvia Federici: Mulheres, trabalho doméstico, capitalismo – quantas formas de queimar? (Profa. Dra. Danielle Magalhães)

FEDERICI, Silvia. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. Tradução: Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2017.

FEDERICI, Silvia. O ponto zero da revolução: trabalho doméstico, reprodução e luta feminista. Tradução: Coletivo Sycorax. São Paulo: Elefante, 2019.

FEDERICI, Silvia. El patriarcado del salario: criticas feministas al marxismo. Tradução: María Aránzazu Catalán e Altuna Scriptorium (Carlos Fernández Guervós y Paula Martín Ponz). Madri: Traficantes de Sueños, 2018. Disponível em:

FEDERICI, Silvia. Mulheres e caça às bruxas: da Idade Média aos dias atuais. Tradução: Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2019.

FEDERICI, Silvia. A história oculta da fofoca: mulheres, caça às bruxas e resistência ao patriarcado. Tradução: Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2019.

FEDERICI, Silvia. Capitalismo, reprodução e quarentena. Tradução: Tadeu Breda. São Paulo: n-1 edições, 2020. Disponível em: https://n-1edicoes.org/058

Leitura Complementar


CARVALHO, Pâmela. Pandemia de desigualdades. São Paulo: n-1 edições, 2020. Disponível em: https://n-1edicoes.org/060 LOURENÇO, Maria Izabel Monteiro; GARCIA CASTRO, Mary. "Domestic Workers and COVID-19 in Brazil". Disponível em: www.rosalux.de MENEZES, Priscilla. O feminino mal-dito como abertura ao pensamento poético. Tese defendida em 2018 na UERJ.

Aula 7 de julho

Derrida e a Universidade: estar no mundo que tentamos pensar” (Prof. Dr. Guilherme Cadaval)


DERRIDA, Jacques. A universidade sem condição. Tradução: Evando Nascimento. São Paulo: Estação Liberdade, 2003.

DERRIDA, Jacques. O olho da universidade. Tradução: Ricardo Iuri Canko e Ignacio Antonio Neis. São Paulo: Estação Liberdade, 1999.

Aula 9 de julho

Lélia Gonzalez , leitora de Freud e Lacan: a psicanálise como uma ética antirracista (Profa. Dra. Juliana de Moraes Monteiro)

GONZALEZ, Lélia. “A categoria político-cultural da Amefricanidade”. In HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.): Pensamento feminista: conceitos fundamentais. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019.

_________. “O lugar da mulher negra na sociedade: uma abordagem político-econômica”. In: RODRIGUES, Carla; RAMOS, Tânia; BORGES, Luciana (Org.). Problemas de Gênero. Rio de Janeiro: Funarte, 2017 (Coleção Ensaios brasileiros contemporâneos)

__________. “Racismo e sexismo na cultura brasileira”. In: HOLLANDA, Heloisa Buarque de (Org.).Pensamento feminista brasileiro: formação e contexto. Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2019

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